Ti: custo ou investimento? Antes de tudo vamos procurar esclarecer alguns conceitos, estabelecer o que é custo e o que é investimento.
Investimento grosso modo, se dá quando se faz algum gasto em um determinado ativo, esperando que aquele ativo gere um fluxo de caixa, que ao ser descontando por uma taxa que leve em conta o risco do projeto, tenha um valor presente maior que o valor do investimento.
Se espera que dele resulte um fluxo de caixa com valor presente líquido positivo.
Já os custos são os gastos necessários para criar, produzir ou comercializar produtos e serviços da empresa.
É muito mais apropriado dizer então que o investimento é feito nas empresas, e não em TI, porque é da diferença entre a receita de venda de seus produtos e dos custos necessários a sua elaboração e venda que resultarão os fluxos de caixa esperados, e não diretamente dos ativos de TI.
Os ativos de TI contribuirão para a geração destes fluxos de caixa, mas não são eles que serão comercializados, a não ser que o negócio da empresa seja produzir ou comercializar hardware ou software.
Ainda assim, os gastos com a infraestrutura de TI da empresa são analisados de forma diferente dos produtos que ela vende.
Portanto, gastos em TI é custo sim, assim como são custos os gastos com propaganda, matérias-primas, energia, comissão de vendedores, ou qualquer gasto que seja necessário para que a empresa crie valor, ou seja, que os seus produtos e serviços possuam maior valor de mercado que os gastos necessários para produzi-los.
Se por acaso a empresa têm gastos que não contribuem para a criação de valor, não faz sentido algum manter estes ativos dentro da empresa.
O que nos leva a afirmar que todos os custos da empresa contribuem para a criação de valor.
Em algumas situações restringe-se o significado de “Custos” à somente aos “Custos Industriais”, ou “Custos de Produção”. Ou seja, denominam custos aos gastos associados diretamente à elaboração de produtos e serviços, e denominam os demais gastos como despesas. Este é um sentido restrito da expressão “Custo”, mas é de uso bastante comum.
Outro equívoco que precisamos elucidar é a frequente confusão que alguns cometem ao confundir gastos em ativos de longa duração com investimentos.
Os ativos podem ser consumidos assim que são adquiridos (energia), consumidos em um prazo muito curto (matérias-primas) ou consumidos em longo prazo.
Durante a elaboração do projeto os gastos são capitalizados, ou em outras palavras, eles se acumulam entre os ativos da empresa, e se tornam despesas em um processo de amortização.
Muitas vezes, alguns utilizam a expressão “investimento” quando na verdade querem se referir a gastos em ativos de longa duração.
Gastos em TI (custo ou investimento) são custos sim, assim como qualquer gasto que seja necessário para criar, produzir ou comercializar os produtos.
Nos demonstrativos de resultado das empresas são separados custo e depreciação e não porque depreciação não seja custo, mas simplesmente, porque a depreciação não representa um desembolso (saída de caixa), e isto facilita a análise do fluxo de caixa da empresa.
TI é custo, e investimento é o que os proprietários e acionistas fazem na empresa ao dispor de seus recursos monetários para que os gestores escolham ativos reais (tangíveis ou intangíveis) que de sua transformação, combinação e sinergia gerem produtos que tenham maior valor de mercado que os custos para aquisição destes ativos.
Mas então qual é a questão? A verdadeira questão é: TI cria valor para a empresa? É claro, porque sem estes gastos a empresa não cria novos produtos, não produz, nem vende.
Portanto, a questão não é discutir simplesmente os custos de TI, mas a sua contribuição para a criação de valor.
Como estes custos contribuem para a elaboração e comercialização dos produtos, já que incidir em custos é uma condição necessária para criar valor e consequentemente, lucro.
E custos são geridos por departamentos, a gestão de custos requer competências específicas, por exemplo, para gerir os custos de propaganda é necessário conhecimento de mídias.
Para gerir custos de produção é necessário ter expertise em máquinas, matérias-primas e processos produtivos. Por isso é necessário entender que custos não são dos departamentos, mas sim são geridos pelos departamentos.
Entregar ativos para a gestão de quem não está preparado, ou não tem a formação ou as competências necessárias para fazê-lo, simplesmente porque é um usuário destes ativos, é um dos maiores equívocos que pode cometer uma empresa.
Assim, os custos devem ser alocados nos departamentos que têm competência para geri-los, embora, atualmente a maioria das empresas, equivocadamente, aloque os custos aos departamentos que utilizam os ativos, e pior ainda, fazendo “rateio” de custos de ativos de uso comum.
Não há sentido em agrupar ativos de forma a dificultar sua gestão.
Os departamentos são responsáveis simplesmente por fazer a melhor gestão dos recursos que são colocados em suas mãos.
A decisão do quanto investir é dos sócios/donos e não dos gestores. Os gestores são apenas agentes na escolha dos ativos que criem valor para a empresa.
Operação excessivamente grande e equipes 100% do tempo ocupadas com esforços nada estratégicos. Se essa é a realidade do seu departamento de TI, aconselhamos você sinceramente a pensar em terceirizar parte das atividades.
A solução para a sobrecarga de trabalho operacional pode estar no outsourcing de TI.
Com isso, a equipe de TI da empresa pode se dedicar mais a atividade fim da empresa, focando na busca de soluções que contribuam para o negócio em si e oferecer melhor suporte ao cliente interno.
Quando a área de TI é considerada custo e não é estratégica, há oportunidades de terceirização de parte de suas atividades de forma a criar diferenciação da equipe interna dentro da organização, tornando-a mais ágil, flexível e com maior alinhamento aos objetivos estratégicos da empresa.
Se seu departamento de TI é visto hoje como um custo e você quer saber como otimizá-lo de maneira a torná-lo um viabilizador dos objetivos estratégicos da empresa, primeiro é preciso entender o papel que a TI está exercendo, atualmente em sua organização.
Mas então como tornar a área de TI estratégica dentro da empresa?
Uma das possíveis soluções seria delegar parte da operação para um parceiro de maneira segura, segmentada, confiável e dedicada.
Nesse caso, a pergunta que preocupa um gestor de TI é: optar por uma infraestrutura própria ou externa?
Antes de partir para a terceirização de atividades de TI, deve-se analisar o que tem internamente e verificar vantagens em termos de preço, tempo, atualização, especialidades.
Muitas vezes, os custos de se ter parte terceirizada e parte interna são os mesmos, mas com o outsourcing, conta-se com atualização constante da empresa contratada, certificações, disponibilidade, profissionais capacitados e com diversas especializações.
Uma empresa especialista em TI, com data center pronto que atenda a vários segmentos de negócio, certificada, com as melhores práticas do mercado, disponibilidade de acordo com a solução contratada e com portfólio completo pode ajudar a transformar a sua área de TI interna de custo para estratégia.
Como? Garantindo que todo processo de gestão técnica dos processos de TI aconteça de maneira a permitir que a empresa contratante tenha governança e acompanhe por meio de relatórios.
Assim, a equipe interna de TI fica mais focada no negócio e com tempo para ajudar a encontrar soluções que ajudem a atingir os objetivos estratégicos da empresa. Pense nisso! Gostou de saber se a TI gera custo ou investimento?